sábado, 14 de fevereiro de 2015

A direção: Em frente


 
Por quê? – ela me perguntou pela milésima vez

- Faz tanta diferença mesmo?

Ela revirou os olhos daquele jeito irritante que eu tanto conheço, enquanto virava para abrir a porta e ir embora. Não queria tira-la do sério, mas é que falar sobre o mesmo assunto é como dar volta em círculos, e nunca saberei a resposta que ela tanto quer ouvir, eu nunca saberei o motivo que ela tanto que saber – e para falar a verdade eu também.

Existem milhares de pessoas por ai, que vivem em busca dos seus sonhos, que deram a volta por cima e que aprenderam a viver sem aquilo que uma vez pensaram “ser a razão para levantar todos os dias”, pessoas que se mantiveram firmes diante de decepções, pessoas que sorriem mesmo estando gritando por dentro, pessoas que literalmente aprenderam a sorrir na sala e chorar no quarto – o drama, a necessidade de o mundo saber do seu sofrimento não existe mais, afinal ninguém se importa de verdade, então, porque perder tempo?

– Porque em algum lugar, talvez, alguém se importa...

No final de contas, ela não precisa da resposta, talvez nem eu precise, a história é a mesma, só os personagens que mudaram o típico clichê, e como eu já sei, a vida se encarrega de dá um novo rumo para história, sempre tem a próxima (Droga, é verdade, sempre tem a próxima) e quer saber?! Eu sinto, eu sei... Que a felicidade ta ai em algum lugarzinho esperando eu virar a esquina para encontrá-la de braços abertos, e eu sei que na hora certa, no determinado momento eu encontrarei essa esquina. Só basta eu ter forças para continuar andando em frente, firme. As coisas só acontecem quando finalmente a gente para de correr atrás, sem esse desespero todo. As coisas acontecem quando a gente menos espera; seguir em frente não vai ser tão difícil quanto eu imaginava, chega de drama, e ponto.
     
                                                       

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