quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
A menina que roubava Livros
Entre os anos de 1939 e 1943, a garota Liesel Meminger encontrou a morte três vezes, e escapou viva. Impressionada, a morte resolveu contar a história dessa menina. O cenário era a Alemanha nazista, na Segunda Guerra Mundial. A mãe de Liesel, comunista perseguida pelo nazismo, estava entregando ela e seu irmão a um casal que se dispôs a adotá-los, no subúrbio da cidade de Molching. Durante o trajeto de trem, o garoto morreu. É a primeira vez que Liesel e a morte se encontraram, e também foi a primeira vez que a menina roubou um livro, que um coveiro deixou cair no chão. Horas depois, Liesel foi entregue aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor de paredes e acordeonista, e uma dona de casa. Escondido dentro de sua mala estava o livro roubado, “O Manual do Coveiro”.
A garota tinha muitos pesadelos, e quem cuidava dela nas noites era Hans. Quando ela lhe mostrou o livro, ele passou a dar lições de leitura. Primeiro no quarto, de madrugada, depois no porão. Liesel ia à escola, mas tinha dificuldade na leitura, e foram essas aulas com o pai adotivo que a ajudaram. Rosa lavava e passava roupas, e a garota tornou-se sua ajudante, levando e trazendo as roupas.
Um dia, Liesel roubou outro livro, de uma fogueira feita no dia do aniversário de Hitler. E mais outros se seguiram. A garota também ganhou três livros de seu pai Hans, que havia conseguido dando fumo como pagamento. Os tempos eram difíceis, e os pais adotivos cada vez tinham menos trabalho. O último cliente da mãe era o prefeito e a esposa, Ilsa Hermann. Ela roubou um livro deles, achando que Ilsa não tivesse visto, mas ela viu. Tempos depois, Ilsa passou a permitir a entrada da menina na biblioteca. A primeira vez que ela viu os livros nas prateleiras ficou encantada. Quando ia lá, ficava um tempo lendo um pouco. As duas fizeram uma grande amizade, mas que só foi percebida assim no final da história.
A garota fez também outros dois amigos. Rudy Steiner, um garoto vizinho, e Max Vandenburg, um judeu escondido no porão da casa. Levou um tempo até Max e Liesel firmarem amizade, e perceberam que havia algumas coisas em comum entre eles. O judeu pintava páginas de um livro para escrever suas próprias histórias, e escreveu também para a garota.
“A menina que roubava livros” é a história de uma garota que teve a vida salva por causa de seu amor às palavras. Foi adaptado para o cinema em 2013, com lançamento no Brasil no final de janeiro. O livro faz parte do acervo da Biblioteca Padre Elemar Scheid. Boa leitura!
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